Dá para escrever muita coisa sobre a Igreja Católica, mas vamos ficar em dois aspectos importantes, quase nunca colocados em pauta, que são contradições, verdadeiros paradoxos da Igreja Católica:
1 – Cristo Pagou Pecados
Pergunte a um católico razoavelmente esclarecido o seguinte: "Você acredita que Jesus se sacrificou para pagar os pecados da humanidade?". A resposta será evidentemente positiva. Com uma ou outra ressalva, mas será positiva, pois isso é um norte da crença católica.
A seguir, faça outra pergunta: "Você acredita que Adão e Eva tenham sido expulsos do Paraíso?". A resposta, não filosófica, mas exclusivamente fática, será um sonoro "não!", seguido daquela ladainha famosa "meu caro, a bíblia deve ser interpretada...".
Pois vamos lá:
O "pecado" que os católicos acreditam ter Jesus pago na cruz foi o pecado original de Adão e Eva. Isso mesmo! Acreditam, e não só os católicos, que Jesus pagou os pecados cometidos no Paraíso (ao que consta, foi um pecadilho só, umazinha bem de leve).
É exatamente isso.
Jesus não pagou na cruz um pecado que cometeríamos. Nada disso. Procurem na Doutrina da Igreja Católica que isso é claro e não depende de interpretação nem saidinhas vexatórias.
Quem acha que essa história de Paraíso (maçã, serpente, Adão, Eva, costela, barro...) seja levemente fictícia, não pode acreditar que Jesus pagou algum pecado na cruz, a não ser os próprios.
Tudo bem, acreditar em "pecado" já é dose para elefante, mas a teoria é essa, e é uma contradição dos diabos (opa!) da Igreja Católica.
2 – Orações como Penitência
Essa contradição é deveras elementar, mas poucos católicos já pensaram nisso. Ok, a fé é cega (assim como Stevie Wonder, o amor, alguns fiscais da Receita Federal...), mas vamos abrir os olhinhos...
Os católicos, todos, acreditam na oração como um momento de transcendência, um momento de contemplação. O instante em que, por medida direta e talvez até burocrática, estão em contato com o Altíssimo.
Pois veja só, toda essa lengalenga de elevação do espírito não condiz com a prática.
Alguém aqui já se confessou, conhece alguém que se confessou ou já leu as historinhas do Chico Bento? Pois é até engraçado: a "penitência" dada pelo padre são orações por atacado... Pacotes exagerados de "Ave Maria", "Pai Nosso" etc...
Ou seja: a mesma coisa que serve para a contemplação, também é a "pena", aquilo que castiga. Quanta incongruência! Se rezar é algo tão bom, por que serve como uma penalidade?
É óbvio: rezar não é nada legal. É chato pra caramba. Ao menos isso é o que atestaram os padres que "puniram" suas ovelhas com orações, rezas e demais "momentos de transcendência e contemplação"
